Orvalho


Foto: Gui Venturini


Quando acordei na manhã fria de um dia ensolarado, conheci o orvalho deixado pela noite que fez a Lua chorar.

As lágrimas deixadas nas folhas e na grama, são lágrimas que molharam a natureza que estava seca a espera da chuva que não apareceu.

A Lua entristecida mais uma vez se escondeu para ver o seu amor nascer, o Sol todo iluminado secou as lágrimas da sua amada sem saber que o gotejar de cada folha era as lágrimas do seu desejar.

O Sol aqueceu o dia e aqueceu o esfriar do vento a soprar, as nuvens esconderam a luz do Sol para que a sombra protegesse o bater das asas dos pássaros a cantar.

O dia correu ligeiro para que a Lua voltasse e trouxesse novamente as gotas do seu amor, pois o Sol mais uma vez se fez poente. O dia se foi e noite chegou iluminada pela Lua crescente e pelas as estrelas luzentes. Tudo se calou e o zumbido dos grilos fez que a noite não se calasse, o silêncio da noite se tornou sinfonia e fez que a noite não se tornasse triste e escura.

A madrugada chegou e o orvalho apareceu nas folhas que estavam apreciando a beleza da Lua a brilhar, o Sol está voltando para secar as lágrimas que sua amada deixou.

Lua e Sol vão e vem, só o amor que não os deixam viver na solidão. A Lua tem a presença das estrelas e o Sol a presença das nuvens. Mesmo se amando respeitam o encontrar no próximo eclipse, que acontece em alguns minutos e acaba para um novo encontro acontecer.

Lua e Sol amor pra sempre.

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