Sementes que semeiam a existência


Morte, medo de falar, medo de pensar.

Morte a única certeza da vida.

Uns a temem, outros a aceitam, mas todos ainda não se acostumaram com a perda, pois perder alguém ou perder algo na vida nos faz sentir perdedores e ser perdedor ninguém quer ser, não é verdade?

O fim de um relacionamento é mais cruel para quem é deixado do que para quem deixa, a perda do emprego é mais triste para quem é dispensado do que para aquele que pede a dispensa, como também, não conseguimos aceitar o sepultamento de alguém querido e amado, pois a partida nos deixa frustrados e temerosos com o amanhã.

Quando meu Pai partiu, ou melhor, quando foi plantado em sua cova, todos nós ficamos perdidos, pois ter que se despedir do nosso amado e querido Pai não foi fácil. E ainda imaginar que não iríamos mais vê-lo foi pior ainda, já se passaram longos cincos anos e ainda não nos acostumamos e acredito que não iremos nunca nos acostumar, mas o melhor a pensar é que iremos um dia nos encontrar novamente, mas, enquanto isso, faço minhas visitas freqüentes em seu túmulo onde águo a sua semente com minhas lágrimas, mas essas lágrimas não são lágrimas de tristeza e sim lágrimas de amor e cada minuto com você cultivo sua existência e isso me faz refletir.

Quando plantamos uma semente estamos sepultando-a, não estamos perdendo-a e nem se despedindo desse futuro fruto ou de uma futura sombra. Se fizermos uma pequena relação com a morte, podemos pensar quê, fomos um dia semente, viramos árvore e demos frutos, sendo assim, um dia viraremos semente novamente e os nossos frutos, árvores ou sementes continuarão regando a nossa existência, ou não?

Regue com lágrimas de amor a semente da sua existência e saiba que tudo isso nada mais é do que o ciclo de renovação da vida com o plano espiritual.

Feliz aquele que com as perdas constrói as oportunidades para ser feliz.

Seja sempre FELIZ!

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