Um dia encantado
Foto montagem: Gui Venturini
Nos mais belos campos eu pude
correr e respirar a beleza do natural e assim receber a brisa fresca do verde a
florescer. Olhei por todo o infinito e recebi flores que desabrochavam. Pela
grama verde onde caminhei, tulipas se abriram para o universo e, o campo, se
fez na perfeição divina.
Universal foi o desejo de
caminhar e seguir o túnel de cerejeiras que fazia chover suas folhas e, assim, contornavam
os meus passos no chão. O dia está lindo como sempre foi, as montanhas a minha
volta continuam paradas, elas, continuarão no mesmo lugar. O vento vem soprando
e contando histórias de tempos passados, histórias que só o vento pode contar.
Um calafate vestindo sua mascara
canta ao som dos arautos que anunciam a minha chegada. As arpas estão sendo
tocadas e a sinfonia dos violinistas compõe a musica daquele momento. O ritmo
está á acontecer, está no entender da maestria do entendedor. Hoje as nuvens
estão correndo e deixando seu rastro no céu azul prussiano. Os três sóis estão
a observar o movimento que o tempo nos deu, o seu brilho, irradia e faz que os
tons da natureza, sejam em cores e, o do vento, em sons.
Eu sou parte da natureza e ela
parte mim e, assim, estamos partindo e dividindo o tudo que Deus nos deu para
que a doação seja feita durante toda nossa caminhada pela vida. Do meu lado
existem arvores encantadas que transformam suas folhas caídas em borboletas a
voar. Vejo borboletas a decorar o jardim de Odin, elas estão dançando e
sorrindo. As borboletas estão a bater asas e seguindo para a imensidão do mundo
unilateral.
Elas transformarão unidade em
diversidade e levarão a beleza para os olhos que se fecham para a vida e, se
abrem para o lindo mar de ilusão. As ondas virão e irão lhe abraçar para
acalentar o seu intimo, mas irão voltar para naufragar os desejos escondidos.
Na areia beira-mar eu estou
desenhando, aguardando que os sóis se ponham um de cada vez, mas eu irei
esperar a lua chegar, pois só ela tem algo a me falar.
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